A primeira depoente da rodada de depoimentos da última quinta-feira, 28, Danielle Araújo da Silva Wesner, é farmacêutica concursada do Departamento de Material e Patrimônio (DMP) desde 2004. Segundo ela, os farmacêuticos deixaram de receber os medicamentos por ordem superior passando a serem recepcionados pelos almoxarifes.
Quando questionada se achava correto a mudança, Danielle se posicionou contrária à decisão. “Achei prejudicial, pois os farmacêuticos são os profissionais mais adequados para essa função. No entanto, havia uma alta demanda de trabalho e orientamos os almoxarifes para receber os medicamentos”, conclui.
A farmacêutica afirmou questionar a excessiva compra de alguns remédios enquanto outros de maior demanda faltavam para abastecer a rede. “É fato que existiam compras excessivas e não racionais. Mas também muitas vezes as unidades de saúde não enviavam pedidos racionais e os medicamentos acabavam por vencer”, afirmou.
O relator questionou se havia omissão por parte dos farmacêuticos já que tinham experiência técnica suficiente para deduzir que não havia um bom estado de condicionamento dos medicamentos. O farmacêutico-bioquímico, Joaquim Otaviano da Costa Neto, afirmou que foram enviados três relatórios para a chefia do departamento para serem repassados ao secretário de saúde.
Segundo o depoimento da farmacêutica Lourena Mafra Veríssimo, que ingressou na SMS em 2006 por meio de concurso público, os profissionais nunca tiveram certeza se os relatórios chegavam ao gestor. “Se chegava às mãos da secretária eu não sei, mas o nosso papel era preparar os documentos e enviar para não sermos omissos”, explicou.
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