O primeiro depoente da segunda rodada de questionamentos da CEI dos Medicamentos, na tarde desta segunda-feira, 25, foi o almoxarife Adriano de Lima. Dentre outras questões, ele falou sobre a sua contratação pela empresa Solares, que prestou serviços terceirizados para a SMS. Dos 14 almoxarifes contratados pela firma, ele disse ser o único que tinha curso específico e experiência na área.
Ao ser abordado sobre o descarte de medicamentos vencidos, Adriano de Lima relatou que seguia a hierarquia do local, e era orientado a fazer o derrame de remédios no esgoto. Nesse ponto, ele mencionou o despejo de 500 frascos de Metanizadol, e confirmou a liberação de psicotrópicos num dos banheiros do depósito de remédios da SMS.
Já o recebimento de mercadorias vencidas foi veementemente negado pelo almoxarife. “No ato do recebimento, olhávamos a validade. Se não fosse boa, não recebíamos”, afirmou, citando um caso em que os remédios foram devolvidos por faltar apenas um mês para o vencimento. Todavia, o funcionário ponderou que os almoxarifes sempre seguiam as orientações do então chefe do setor, Fábio Brenannd.
Adriano de Lima revelou que a Coordenadoria de Vigilância Sanitária (Covisa) esteve no local em 2008 e constatou problemas como mau condicionamento de remédios, goteiras e a temperatura totalmente inadequada, mas nada foi feito. “A temperatura de lá realmente é abominável para qualquer ser humano”, reforçou.
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