terça-feira, 31 de março de 2009

Vereadores discutem autonomia dos portadores da Síndrome de Down

A Câmara Municipal realizou audiência pública na manhã desta terça-feira, 31, para discutir formas de inclusão dos portadores da Síndrome de Down na sociedade. A audiência foi prosposta pelo vereador Hermano Morais, em alusão ao Dia Internacional da Síndrome de Sown, comemorado em 21 de março.

Um dos destaques do encontro foi o depoimento da professora Débora Seabra, que trabalha como auxiliar de sala de aula, na Escola Doméstica de Natal, e tem Síndrome de Down. Ela foi a primeira professora formada com Síndrome de Down na América do Sul. "Trabalho há cinco anos na escola Doméstica, cumpro meus horários e compromissos, e faço planejamento semanal. Enfim, cuido com muito carinho dos meus alunos.", disse ela.

A professora é um exemplo de inclusão no mercado de trabalho e serve de incentivo para centenas de pessoas portadoras da síndrome. “A inclusão social deve acontecer desde o convívio familiar, na escola e na sociedade. Não devemos ser superprotegidos, mas sim estimulados para uma vida mais ativa”, completa.

Para o vereador Ney Lopes Júnior, que participou da audiência, apesar de existirem pessoas com pensamentos retrogrados, que ainda fazem uso da discriminação para excluir, são muitos os que estão dispostos a oferecer amor e coragem aos portadores da Síndrome. "Essas pessoas, sobretudo parentes e amigos, tem amor, coragem e determinação, para fazer dos portadores da Síndrome de Down, pessoas totalmente incluídas em nossa sociedade."

O vereador disse ainda que não vê os portadores de Down como deficientes, mas como pessoas que tem dificuldades como quaisquer outras. "É para ajudar a minimizar essas dificuldades que eu coloco o meu mandato à disposição das entidades que lutam em favor desses cidadãos.", completou.

Antes de concluir sua participação, Ney Júnior se dirigiu a promotora Rebeca Nunes, garantindo que iria trazer para serem discutidas na Câmara as leis federais que tratam do assunto, para que os vereadores possam legislar sobre interesse local. "Como promotora, a senhora deve saber o quanto essas leis não são colocadas em prática. Mas, nós estamos aqui para fiscalizar e zelar pelo seu cumprimento.", disse Ney Júnior.

A promotora complementou o comentário do vereador, dizendo que a população também pode ajudar no cumprimento dessas leis. "Uma das coisas mais difíceis é a questão da acessibilidade. E a população pode ajudar a minimizar o problema, provocando o Ministério Público a atuar na questão."

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