A comissão de Educação, Cultura e Desporto da Câmara Municipal do Natal promoveu na manhã de hoje (19), uma audiência pública para discutir a atividade do artesão e o mercado de artesanato de Natal.
O propositor da audiência, Raniere Barbosa (PRB), lembrou o Dia do artesão que é comemorado hoje, homenageando-os e destacando a importância da atividade como terceiro principal vetor da economia norte-riograndense.
Estiveram também presentes na audiência pública associações, entidades e cooperativas de artesanato, artesãos, representante da prefeitura, além dos vereadores Luis Carlos (PMDB), Hermano Morais (PMDB) e Ney Lopes Júnior (DEM).
O debate mostrou a realidade positiva e negativa enfretada pelos artesãos potiguares. Joana Costa, representante da federação dos artesãos, denunciou a falta de espaços adequados para a venda dos produtos em feiras. “Muitas vezes o artesanato potiguar não é encontrado, enquanto outras cidades do nordeste estão sempre presentes com espaço que nós não temos”, diz Costa.
O secretário de estado do trabalho e assistência social, Fabian Saraiva destacou a necessidade dos artesãos apresentarem seus projetos e documentação para que possam participar das ações governamentais. “Procuramos mais de 30 associações para firmar convênio com o governo, mas nenhuma apresentou projeto ou estava com documentação irregular”, constatou.
Durante a audiência foram apresentados no plenário relatos e denúnicas, o artesão Marcos de Souza usou a tribuna para denunciar uma ação da polícia militar acorrida ontem(18), na praia de Ponta Negra.
"O Senhores precisam tomar conhecimento, da atrocidade que vem acontecendo na cidade, com os artesãos. Ontem a artista plástica Lili foi abordada de forma indevida por 20 policiais militares e mais dois fiscais que estavam sem identificação. Lili estava apenas pintando na areia da praia quando foi cercada pelos PMs, sem dar nenhum tipo de justificativa fizerem uma roda em torno dela, o que a deixou bastante assustada, ao ponto de artista desmaiar. A desumanidade foi tão grande, que sequer prestaram-lhe socorro", denunciou Marcos.
O artesão completou pedido providências e o apoio da Câmara para solucionar o ocorrido e reiterou que não é a primeira vez que acontece, existem outros casos da mesma natureza.
O vereador Ney Jr. ficou estarrecido com o que escutou e de imediato pediu ao Presidente da mesa no momento que fosse cobrado um posicionamento por parte do Comando da Polícia Militar."Senhor presidente, vereador Raniere, peço que o senhor apresente um requerimento solicitando urgentimente um posicionamento sobre esse ocorrido, isso jamais é para acontecer", disse o parlamentar.
O poder público municipal e estadual estiveram presentes e poderam tomar conhecimento das denúcias feitas no plenário da CMN.
Na ocasião o vereador Ney Lopes Jr. sugeriu a defesa da produção do artesanato potiguar, e valorização deste através de uma política de Internacionalização e Nacionalização dos noossos produtos.
"Não se trata de impedir pura e simplesmente os produtos dos outros estados em nosso mercado, mas sim de criarmos um mecanismo de proteção do que é da nossa terra, se estabelecermos alguns critérios para a venda dos destes produtos, provavelmente estaremos já instituindo uma cultura de valorização." destacou o parlamentar.
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